Meu nome é Carolina e sou proprietária da casa 107-Bloco 1, no condomínio "Casas da Colina", situado à Rua Borja Reis, 1305 - Água Santa, Rio de Janeiro (Capital), onde existem 38 residências.
Veja a reportagem feita pela TV GLOBO:
https://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1443344-7823-CONDOMINIO+DE+CASAS+EM+AGUA+SANTA+AMEACA+DESABAR,00.html
O condomínio foi construído pela LWB Engenharia, com recursos da Caixa Econômica Federal e ficou pronto em julho de 2005. Porém logo foram aparecendo rachaduras nas casas e no salão de festas. Cada morador, individualmente, entrava em contato com a construtora para pedir reparos e eles apareciam, diziam que as rachaduras eram em decorrência de acomodação do solo e apenas consertavam as rachaduras. Demorou um pouco para que nós moradores, através de conversas, percebêssemos que o problema era generalizado e que tratava-se de algo mais grave. Até que em 2010 o salão de festas quase caiu.
Salão de festas - Construtora levantou outro no local e reforçou a encosta apenas nesse trecho.
A GEO RIO foi acionada e foi constatada a necessidade de se fazer uma contenção de encosta. O condomínio foi intimado pela GEO RIO a fazê-lo, porém a responsabilidade recai sobre a construtora.
Apesar de já termos notificado extrajudicialmente, a construtora não entra em contato e não nos apresenta nenhum projeto para contenção da encosta.
Eu e alguns outros moradores, chamamos a Defesa Civil, que interditou algumas áreas do condomínio, incluindo o quintal e a área de serviço da minha casa.
O problema é muito sério, pois a encosta está cedendo, diversas residências podem desmoronar e ainda, recair sobre outro condomínio situado logo abaixo. Pessoas ficarão desabrigadas e alguns podem até perder a vida.
Eu entrei em contato com a Caixa Econômica Federal, que financiou o empreendimento e eles fizeram uma vistoria na minha casa, deram um laudo aconselhando desocupar o imóvel, mas não me isentaram de continuar pagando o financiamento e ainda, descrevem que o problema decorre de vício de construção e deve ser resolvido pela construtora.
Acredito que a Prefeitura do Rio de Janeiro também tem responsabilidade e deve fazer alguma coisa, já que o empreendimento teve habite-se concedido e certamente a fiscalização falhou, pois não identificou que o aterro foi mal compactado e que deveria ter exigido a contenção de encosta no entorno do condomínio.
Todos os órgãos da Prefeitura ligados a obras foram contactados, porém respondem que isso é um problema entre particulares (moradores x construtora) e nada podem fazer.
Casa 107 - Bloco 2